domingo, 15 de novembro de 2015

Pearl Jam - Jogo de ida

Vedder, o vocalista-Messias/Site do Pearl Jam
Mata-mata com o Pearl Jam. Jogo de ida no Morumbi. Uma maravilhosa vitória por 7 a 1. Na semana que vem, é a vez do jogo de volta no Maracanã! Enquanto ele não vem, tudo o que podemos dizer estão nos tópicos a seguir:

1- Como uma banda preocupada com o que acontece pelo mundo e os rumos do planeta, o Pearl Jam entrou no palco tocado pelo ataque terrorista em Paris. Logo no início, Eddie Vedder, o nosso Messias, disse naquele português macarrônico que já conhecemos: "Muito obrigado por estarem aqui. Sentimos que precisamos estar com pessoas hoje e estamos felizes por estar com vocês. Nosso amor vai para todos em Paris. Temos ainda muito a superar juntos".

2- Mais a frente, o cantor pediu para as pessoas se abraçarem, preocupou-se frequentemente com a segurança e reconheceu uma certa apreensão com o show de ontem.

3- Para fechar o bloco ‪#‎prayforParis, havia um desenho da Torre Eiffel na bateria de Matt Cameron, enquanto Mike McCready exibiu um desenho estilizado da Torre Eiffel que vem sendo compartilhado nas redes sociais.

4- Talvez por conta dos acontecimentos parisienses o show começou meio soturno com "Long Road" e "Off the girl", o que não aconteceu nem no Chile, nem em Porto Alegre.

5- A coisa começou a animar em "Love Boat captain" e teve uma primeira explosão em "Do the evolution", cuja letra é bem apropriada para esta humanidade em tempos sombrios.

6- O Pearl Jam não tem fãs. Tem fiéis da Igreja de Eddie Vedder. Alguns deles são bastante enfáticos como um cara que estava perto de mim e gritava dois bordões ao fim de cada música: "Vocês são do caralhoooo", "Vocês são maravilhosoooos".

7- Já as mulheres, bem, eu vou resumir o sentimento delas na frase que uma amiga que estava comigo disse (e cujo nome não revelarei para ela não ter problemas em casa): "O Eddie Vedder é a definição de homem perfeito". Aceitemos que dói menos camaradas homens.

8- Foram 3h de show com um intervalo de dez minutos no meio para limpar o palco porque...

9-....choveu, CHOVEU MUITO. Deu para ver raios e não eram efeitos especiais por conta do novo disco: "Lightning Bolt".

10- Foram 33 músicas. Sete delas do "Ten". Teve ainda cinco do "Lightning Bolt", três do "Vitalogy" e três do "Vs". As demais vieram de outros álbuns.

11- Três covers: "Imagine" (John Lennon), "All along the watchtower" (Bob Dylan) tocada numa pegada quase grunge, e, claro, "Rockin' in the free World", do Neil Young quebrando tudo e mais um pouco.

12- As camisas de flanela, marca do grunge, estão praticamente aposentadas. Poucos na galera ainda usam, mas Eddie Vedder estava lá com o seu modelito xadrez.

13- O cantor também bebeu pouco vinho desta vez. Mas entornou um pouco da garrafa no palco. Deve estar deixando para ficar totalmente bêbado no Rio.

14- Mike McCready toca guitarra com a facilidade de quem faz algo banal. O cara é um monstro. O também guitarrista Stone Gossard e o baixista Jeff Ament não ficam muito atrás.

15- Alguns probleminhas no som que foram até "Better man", a 18ª música, deram uma prejudicada no show. Mas foi tão foda que poucos repararam na prática.

16- "Corduroy", "Given to fly", "Jeremy", "I am mine", "State of Love and Trust" e "Alive". Puro amor. Pode repetir todas essas no Rio.

17- Pesquisadores britânicos apuraram que durante "Black" os fãs repetiram 437 vezes a expressão "tchururutchu tchururu". Mas não foi quebrado o recorde mundial de 2005, quando a Apoteose viu pelo menos 12 minutos de "tchururutchu tchururu". Naquele dia, o Eddie Vedder até sentou no palco.

18- Eddie Vedder canta com a alma, amigos. Ele se entrega no palco, baixa um santo e tudo flui. Que cara foda.

Cotação da corneta: nota 9.

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